Postagens

Mostrando postagens de maio, 2020

A RAINHA DE SABÁ - Lenda Oriental - Conto de Helena Rubini

Imagem
A RAINHA DE SABÁ Lenda Oriental Helena Rubini (Séc. XX)   Dos confins da Arábia, a terra do incenso e das palmeiras, a rainha de Sabá, a grande Balkis [1] , ouviu a faina do grande poderio e sapiência do filho de Davi. Fugiu-lhe o sono. Debalde, as lindas servas, os servis ministros, os deslumbrantes pajens indagavam por que cuidados tinha a gentil princesa a fronte enuviada Um dia, porém, após noite de cruel insônia, ela chama seu velho mordomo, e ordena-lhe que, sem réplicas ou delongas, mande aprestar os dromedários, riquezas e perfumes que pudessem levar esses herbívoros. Teria enlouquecido essa princesa tão sabia e tão prudente?... — Cumpre o que te ordeno. Ao grande Salomão vou visitar, e não é justo que vá com as mãos vazias, sem as galas e pompas que me cercam? E, depois, pensativa e vagarosa, buscou os régios e suntuosos aposentos, onde, à   noitinha, das rasgadas janelas do torreão adusto, consultou as estrelas vaporosas que recamavam   o veludo sombrio do l

STELLINA - Conto Trágico - Benito Vicetto

Imagem
STELLINA (Balada) Benito Vicetto (1824 – 1878) Tradução de Paulo Soriano A poucas milhas de Nápoles há um castelo triste e sombrio, açoitado pelo vento e oculto por espessas névoas. Este colossal edifício — negro e gigantesco —, incrustado entre elevados rochedos, é o castelo de San Giovanni. O conde é o seu senhor absoluto. Um conde jovem e valente, como um donzel da Idade Média, soberbo e fogoso como seu alazão de batalha. O conde Rugiero tem uma irmã bela como um anjo de Lawrence [1] , como a Virgem da Glória de Rafael [2] . São duas horas da manhã. Nem uma luz brilha no céu e na terra. Todavia, não é completa a escuridão... Os morros e as planícies estão cobertos de neve e ao seu redobrado reflexo divisa-se a mais insignificante árvore, a mais oculta rocha. Esta claridade é tão sublime, tão estranha... Esta luminosidade magnífica, cheia de mistério e poesia, que não pertence nem ao Sol nem à Lua, nem ao crepúsculo nem à aurora, derrama sobre o castelo de San G