AMÁ-LA-IA - Crônica Humorísitica - Júlio Portus Cale
AMÁ-LA-IA
Júlio Portus Cale
E Coriolano Cerqueira, o gênio vivo de Arco da Ponte, concluiu o seu longo e erudito poema com o incisivo estribilho:
“…Se eu vivesse
Amá-la-ia!”
Soaram os aplausos em torno do coreto da praça. E quem mais aplaudia era Chico Borbulha, exímio e tradicional morador de rua.
Firmino Bento perguntou:
— E aí, Chico. Gostou do poema?
— E como, moço! Bão demais.
—Gostou mesmo? Mas… por quê?
— Porque é justo: a mala ficou com o pobrezinho do defunto…

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